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A cura di Vicenza Ciavarella - Tradução Deise Maria di Lascio Pestana

 

Capa do cd

Mayra Andrade – Navega

A vóz doce mas potente, vibrante é a figura de uma jovem de pele ambreada. Assim se apresenta Mayra Andrade, estrela nascente do panorama musical cabo-verdiano.

Indicada como herdeira de Cesária Évora, Mayra nasceu em Cuba de pais cabo-verdianos então transferiu-se para o Senegal, Angola, Germania e enfim a Cabo Verde. Apesar da pouca idade (Mayra tem pouco mais que vinte anos), a cantora já pode contar sobre uma consistente experiência adquerida através da performance, concursos e colaborações ao lado de artistas como Veloso, Buarque, Asnavour e também da própria Évora. No primeiro concurso chega com dezesseis anos , "Les Jeux da Francophonie", onde Mayra conquista o primeiro prêmio. Da li para o sucesso o passo foi curto: se seguiram uma após outra as performances, as participações, os reconhecimentos. O último reconhecimento por ordem de tempo é aquela da britânica BBC como artista revelação da World Music por 2008. A crítica está ao seu lado e assim o público. O primeiro álbum, "Navega" editado em 2006, só fez consolidar a carreira e aumentar os consensos em direção a habilidade da Andrade.

A música de Mayra reflete o seu background multicultural: sobre sólidas bases musicais cabo-verdiana, sobre a morna, sobre o batuko, a jovem artista entrelaça jazz, afro e rítmos brasileiros. O próprio título do álbum, "Navega", é uma referência ao fato que sua música 'navega' através as águas de muitos países, lambendo várias culturas e vários rítmos. Aliás a própria Andrade tem sempre declarado de não ser interessada em cantar como todas as outras mas de gostar de reunir as cores, os sabores e os odores dos lugares onde tem vivido, que tenham marcado e fundi-los em uma nova música, de querer fazer qualquer coisa de bom e de novo pela melodia de seu país. Sob este aspecto, Mayra entra em pleno título da "geração Pantera", a geração de artistas que acreditam em Orlando Pantera, renovador do batuko e autor de belíssimas canções. Desse poeta e músico que morreu prematuramente, a geração pantera segue suas pegadas e leva em frente a lenta mas importante missão de renovar a música cabo-verdiana.

Em "Navega" a vóz encantadora de Mayra nos acompanha através de doze canções ora melancólica, ora cheia de 'saudades', ora alegre em rítmo seguido.Todas as canções são cantadas em crioulo excepto uma, "Comme s'il en pleuvait", cantada em francês em testemunho da ligação da Andrade com a França, onde ela vive há algum tempo. Os textos falam dos próprios temas do povo cabo-verdiano contando o amor, a dor da separação e a vida, vivida em um lugar mágico e isolado como Cabo Verde, proveniente da ligação com o oceano, riqueza e prisão do povo cabo-verdiano. "Dimokransa" é uma reflexão sobre a democracia e sobre sua contradição e é a peça que abre o álbum. Continua com a doce "Mana", um relato de uma moça que se lamenta por ter que deixar sua terra e partir para a cidade para encontrar um marido, e com a ipnótica "Lua" em uma viagem que a transporta distante, envolvido com o cheiro do mar e do fresco da uma sombra de palmeira.

Se devesse ainda persistir qualquer dúvida sobre a magia da Andrade, ouça "A felicidade" de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Mores: cantada por essa artista fará cair também as últimas mais convencidas resistências.

Site oficial da cantora

Mayra Andrade – Navega

La voce dolce ma potente, vibrante e la figura di una giovane ragazza dalla pelle ambrata. Così si presenta Mayra Andrade, stella nascente del panorama musicale capoverdiano.

Indicata come l’erede di Cesaria Evora, Mayra nasce a Cuba da genitori capoverdini per poi trasferirsi in Senegal, Angola, Germania e infine a Capo Verde. Nonostante la giovane età (Mayra è poco più che ventenne), la cantante può già contare su una consistente esperienza maturata attraverso performance, concorsi e collaborazioni al fianco di artisti come Veloso, Buarque, Asnavour nonché la stessa Evora. Il primo concorso arriva a sedici anni, “Les Jeux de la Francophonie”, dove Mayra conquista il primo premio. Da lì al successo il passo è breve: si susseguono una dopo l’altra le performance, le partecipazioni, i riconoscimenti. Ultimo riconoscimento in ordine di tempo è quello della britannica BBC come artista rivelazione della world music per il 2008. La critica è dalla sua parte e così il pubblico. Il primo album, “Navega”, edito nel 2006, non fa che consolidare la carriera e aumentare i consensi verso la bravura della Andrade.

La musica di Mayra riflette il suo background multiculturale: sulle solide basi della tradizione musicale capoverdiana, sulla morna, sul batuko, la giovane artista intreccia jazz, afro e ritmi brasiliani. Il titolo stesso dell’album, “Navega”, è un riferimento al fatto che la sua musica ‘naviga’ attraverso le acque di molti paesi, lambendo varie culture e vari ritmi. Del resto, la stessa Andrade ha sempre dichiarato di non essere interessata a cantare come tutti gli altri ma di voler riunire i colori, i sapori e gli odori dei posti dove ha vissuto, che l’hanno segnata e di fonderli in una musica nuova, di voler fare qualcosa di buono e di nuovo per la melodia del suo paese. Sotto questo aspetto, Mayra entra a pieno titolo nella “geração pantera”, la generazione di artisti eredi di Orlando Pantera, rinnovatore del batuko e autore di bellissime canzoni. Di questo poeta e musicista prematuramente scomparso, la “geração pantera” segue le orme e porta avanti il lento ma importante compito di rinnovare la musica capoverdiana.

In “Navega”, la voce suadente di Mayra ci accompagna attraverso dodici canzoni, ora malinconiche, piene di ‘sodade’, ora allegre, dal ritmo incalzante. Tutte le canzoni sono cantate in creolo tranne una, “Comme s’il en pleuvait”, cantata in francese a testimonianza del legame della Andrade con la Francia, dove lei vive da qualche tempo. I testi parlano dei temi propri del popolo capoverdiano, cantano l’amore, il dolore della separazione e la vita, vissuta in un luogo magico e isolato come Capo Verde, nonché il legame con l’oceano, ricchezza e prigione del popolo capoverdino. “Dimokransa” è una riflessione sulla democrazia e sulle sue contraddizioni ed è il pezzo che apre l’album. Si prosegue con la dolce “Mana”, il racconto di una ragazza che si rammarica per dover lasciare la sua terra ed andare in città a trovare un marito, e con l’ipnotica “Lua” in un viaggio che trasporta lontano, avvolti dall’odore del mare e dal fresco dell’ombra di una palma.

Se dovesse ancora persistere qualche dubbio sulla magia della Andrade, ascoltare “A felicidade” di Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes: intonata da quest’artista farà cadere anche le ultime più convinte resistenze.

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