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A cura di Antonio Danise - Tradução Laura Bortoluzzi

 

Capa do cdDjinho Barbosa - Trás di Son

O título do disco de estreia de Djinho Barbosa, Trás di Son, pode-se considerar um trocadilho: se, por um lado, há um forte vínculo com a tradição musical de Cabo Verde, que sempre têm os protagonistas deste projeto, por o outro percebe-se uma especie de invitação a meter-se na descoberta do que fica além do son, à procura de novas sonoridades.

Se bem composto, pela maioria, por trechos que cabem nos géneros tradicionais cabo-verdianos, como coladera, morna, mazurca, batuko, funaná, ainda assim, pela diversidade dos sons, dos estilos, dos efeitos musicais e pela qualidade e quantidade dos músicos envolvidos, não se pode definir  um disco inteiramente tradicional.

O músico consegue conjugar velhas e novas sonoridades, envolvendo un grupo de 35 artistas, de estilos e gerações diferentes, entre os quais nomes ilustres da música de Cabo Verde como  Paulino Vieira, Nhelas Spencer, Russo Bettencourt, Kaká Barbosa, Hernani Almeida, Chando Graciosa, Mário Lúcio, Totinho, Princesito, Gamal, Kim Alves, Tó Alves, Albertino, ecc.

Angelo “Djinho” Barbosa nasceu em Assomada, bem no coração da ilha de Santiago, e faz parte da geração de músicos do periodo sucessivo à independência. Em 1977 ele foi um dos fundadores do grupo musical Abel Djassi (um dos pseudónimos de Amílcar Cabral, leader da luta pela independência de Cabo Verde e Guinea-Bissau). Até 1992 ficou no grupo Finaçon e agora colabora com o Quarteto em Sí. A música sempre foi coisa da sua família, pois ele é o sobrinho de Djonsinho Alves, um dos mais conhecidos violinistas de Cabo Verde e pai dos irmãos Kim e Tó Alves.

Dos 16 trechos que compõem Trás di son, com excepção de alguns textos de seu irmão, Kaká Barbosa, ilustre poeta e músico também, e um de Prinzecito, os outros foram escritos por Djinho Barbosa mesmo. São trechos que ele compôs entre 1994 e 1998, os anos da sua permanência nos Estados Unidos, e que só faz pouco tempo decidiu reunir neste disco enregistrado em Praia, no K Magic Studio de Kim Alves. O disco hospeda também duas canções que homenageam dois grandes composidores e poetas cabo-verdianos : Abílio Duarte e Manel d’Novas.

Com Trás di son, disco produzido pelo mesmo autor, Djinho Barbosa talvez abreu o caminho até a criação de uma nova maneira de fazer música em Cabo Verde. Ótimo trabalho, que tem que se escutar sem preconceitos e prestando particular atenção aos textos.

Djinho é também engenheiro informático e tem um blog onde a gente pode ficar informada  sobre o que acontece na cena musical de Santiago e de Cabo Verde mais em geral (http://www.sondisantiagu.blogspot.com).

Djinho Barbosa - Trás di Son

Il titolo del disco di esordio di Djinho Barbosa, Trás di Son, può essere considerato un gioco di parole: se, da un lato, c’è forte il legame alla tradizione musicale di Capo Verde, sempre presente nei protagonisti di questo progetto, dall’altro c’è come un invito a spingersi alla scoperta di ciò che c’è al di là del suono, alla ricerca di nuove sonorità.

Pur essendo, quindi, composto per la maggior parte da brani che rientrano tra i generi tradizionali capoverdiani, quali coladera, morna, mazurka, batuko, funaná tuttavia, per la diversità dei suoni, stili ed effetti musicali e per la qualità e quantità dei musicisti coinvolti, non può essere considerato del tutto un disco tradizionale.

Il musicista riesce a coniugare vecchie e nuove sonorità, attraverso il coinvolgimento di un gruppo di 35 artisti, di stili e generazioni differenti, tra i quali nomi illustri della storia della musica di Capo Verde come Paulino Vieira, Nhelas Spencer, Russo Bettencourt, Kaká Barbosa, Hernani Almeida, Chando Graciosa, Mário Lúcio, Totinho, Princesito, Gamal, Kim Alves, Tó Alves, Albertino, ecc.

Angelo “Djinho” Barbosa, è nato ad Assomada, nel cuore dell’isola di Santiago, ed appartiene alla generazione di musicisti del periodo successivo all’indipendenza. Nel 1977 fu tra i fondatori del gruppo musicale Abel Djassi, (uno degli pseudonimi di Amílcar Cabral, leader della lotta per l’indipendenza di Capo Verde e Guinea-Bissau). Fece parte del gruppo Finaçon fino al 1992 e attualmente collabora con il Quarteto em Sí. La musica è sempre stato un affare di famiglia, è infatti il nipote di Djonsinho Alves, uno dei più noti violinisti di Capo Verde e padre dei fratelli Kim e Tó Alves.

Dei 16 brani che compongono Trás di son, se si escludono alcuni testi del fratello, Kaká Barbosa, affermato poeta nonché musicista, ed uno di Prinzecito, gli altri sono stati scritti dallo stesso Djinho Barbosa. Si tratta di brani composti tra il 1994 e il 1998, durante la sua permanenza negli Stati Uniti, e che solo da poco ha deciso di raccogliere in questo disco registrato a Praia, al K Magic Studio di Kim Alves. Del disco fanno parte anche due canzoni che rappresentano l’omaggio a due grandi compositori e poeti capoverdiani: Abílio Duarte e Manel d’Novas.

Con Trás di son, disco prodotto dallo stesso autore, Djinho Barbosa forse ha aperto la strada verso la creazione di un nuovo modo di fare musica a Capo Verde. Ottimo lavoro, da ascoltare senza preconcetti e con un’attenzione particolare rivolta ai testi.

Djinho è anche ingegnere informatico e cura un blog dove è possibile tenersi sempre aggiornati su ciò che succede sulla scena musicale di Santiago e più in generale a Capo Verde (http://www.sondisantiagu.blogspot.com).

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