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Por Antonio Danise - Tradução Sônia Reichel Pereira

Katchás

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Carlos Alberto Silva Martins, conhecido com o nome de Katchás, nasceu em 8 de agosto de 1952 em Renque Purga, perto de Pedra Badejo, um vilarejo de pescadores na ilha de Santiago. Após o curso médio em Praia, parte para Portugal para estudar engenharia agrária na universidade de Santarem.

Naqueles anos, Cabo Verde, como outras colônias africanas, estava em plena guerra da libertação. Como tantos outros jovens caboverdianos, Katchás se empenha ativamente na luta pela independência, mas, para evitar o serviço militar e fugir da PIDE-DGS, a polícia política, ele é obrigado a sair de Portugal. Assim, se refugia em Paris, onde permanece até 1997, quando retorna a Cabo Verde, já então independente, com um projeto bem claro, aquele de mostrar ao país livre e ao mundo, as tradições culturais e musicais da sua ilha, em particular o funaná, gênero musical nascido no ambiente rural.

Até 1975 o funaná era relegado à clandestinidade pelo regime colonial e executado simplesmente com a gaita e o ferrinho, uma barra metálica ondulada, raspada com uma faca. Katchás, na intenção de levar o funaná para fora do ambiente rural para que fosse conhecido também nas cidades, introduz instrumentos eletrônicos e amplificadores e em 1978 dá vida ao grupo musical Bulimundo. Como o próprio Carlos Alberto Martins recordou muitas vezes, o funaná em 1980 não era ainda considerado música. Bulimundo, do qual Katchás é o líder, em poucos anos será conhecido primeiro em Praia e depois em todo o arquipélago.

O sucesso do grupo e do funaná, enriquecido de várias influências, atinge rapidamente as comunidades caboverdianas no exterior, graças também à excelente produção discográfica. Ao mesmo tempo o funaná começa a ser identificado como um símbolo de liberdade e um elemento cultural através do qual se quer afirmar o senso de identidade caboverdiana, reprimida por séculos.No final de março de 1988, Katchás está entre os organizadores na Praia do Primeiro Encontro da Música Caboverdiana. É a sua última participação em uma manifestação pública: poucos dias após, em 29 de março, aos 36 anos, morre em conseqüência de um acidente automobilístico.

Katchás é unanimemente considerado o músico que realizou a maior revolução no campo musical em Cabo Verde, fazendo do funaná, juntamente com a morna e a coladera, um dos gêneros mais importantes da música caboverdiana.

Discografia
Batuco - 1980
Bulimundo - 1981
Djan Brancu Dja - 1981
Ó mundu ka bu kaba - 1982
Éxodo - 1983
Compasso pilon - 1984

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